quinta-feira, 11 de abril de 2013


Elias Layon

            No início dos anos 1980, o Dr. José Campomizzi Filho, de saudosa memória, membro ilustríssimo de nossa respeitável Academia Marianense de Letras, promotor durante longos anos em Ubá e, mais tarde, procurador de justiça em Belo Horizonte, com larga experiência na área jurídica, preconizava entre os jovens, com muito saber, a criação de presídios modelos. Estes presídios seriam implantados na área perimetral dos municípios, feito espécie de fazenda agrícola com anexos de cursos profissionalizantes de marcenaria, construção civil, artesanato e outros. O presidiário teria, ali, ao seu dispor, orientação civil, moral e religiosa, assistência à saúde, psicólogos, dentistas e devolveria à sociedade, em troca, devidamente  remunerado, evitando a ociosidade, o seu trabalho nas lavouras, criação de animais e oficinas gerando produtos e  alimentos que seriam revertidos  para o próprio presídio, asilos, creches, escolas públicas  e hospitais da cidade. 
            Hoje, mais do que nunca, se faz necessário a implantação desse tipo de penitenciária. E vejam que isso não é nada utópico. O famoso cartunista mineiro de Caratinga, Ziraldo, há alguns anos atrás, sugeria à prefeitura do Rio de Janeiro plantar flores, ajardinando suas  favelas no intuito de fazer que seus moradores  contatassem  o belo para que, de certa forma, se humanizassem mais. Seria a recuperação humana do indivíduo no relacionamento com a beleza. O  grande escritor russo, Fiódor Dostoiévisky, já previa e asseverava que somente “o belo salvará a humanidade”. De certa maneira, esse preceito se estenderia para os presídios rurais. O preso em, constante harmonia com a natureza, seria abrandado em sua índole e formação violenta. Aliás, ninguém nasce totalmente violento. Na realidade, o criminoso é produto de nosso próprio descaso e descuido na condução moral educacional e psíquica de sua personalidade.
            A palavra “prisão” não é uma palavra difícil de ser entendida: é um lugar onde sua liberdade, seus movimentos e seu acesso a basicamente tudo é restrito, em geral como uma punição por ter cometido um crime. Mas, para quem já foi condenado, uma prisão é muito mais do que isso: é um lugar onde dignidade, privacidade e controle são entregues aos guardas e administradores da prisão, onde isolamento e tédio podem deixar alguém louco e onde a mais simples das necessidades parece um luxo.
            Nos Estados Unidos, onde mais de dois milhões de pessoas estão em presídios e mais de 400 mil trabalham neles, as prisões são grandes negócios, pois muitas são privatizadas e feitas modelo.
            Poderia se conceber  o mesmo em Mariana , privatizando blocos do presídio ou, até mesmo, fazendo parceria com a prefeitura de Ouro Preto na criação de uma penitenciária  em comum.
            No Brasil, já é realidade em alguns municípios as  APACs (Associação de Proteção e Assistência aos Condenados),  que funcionam  no  desenvolvimento das atividades dos recuperandos. Esse método é hoje acolhido internacionalmente e tem sido reconhecido como eficaz na recuperação de condenados.
            Comecem  imaginando uma penitenciária que não tenha guardas. Pensem nos próprios presos tomando conta das instalações, de forma absolutamente ordeira! Tentem conceber que as chaves das celas fiquem permanentemente em poder dos próprios presos – que sejam eles a abrir e fechar as portas de forma absolutamente responsável. Pois é. Essa prisão modelo APAC existe e funciona em Itaúna, Minas Gerais, não muito longe daqui, e já existem outras pelo Brasil.
            Alguma coisa precisa ser feita em Mariana. O que não podemos mais é conviver com essa penitenciária que temos, construída no seio da cidade. 
            É vergonhoso e inadmissível que a primeira cidade e capital de Minas tenha uma cadeia dessa natureza, que não recupera absolutamente ninguém.             Houve aqui uma tentativa de humanizar nosso presídio ao tempo do competente delegado Dr. Welington Petrillo, filho de Mariana, que formou, em sua época, psicólogos, assistência médica e oficinas de trabalho, nessa  mesma cadeia que possuímos . 
          Os presos tinham comemoração de natal e alguns, até, podiam trabalhar fora. Mas, infelizmente, não houve continuidade e hoje essa penitenciária é uma nódoa em nossa cidade na atual situação em que se encontra, inclusive, de descaso humano para com os presidiários.
            É preciso que o corpo judicial de Mariana, promotores, juízes, oficiais de justiça, advogados, polícia militar e municipal, legislativo e a comunidade se mobilizem para criarmos uma penitenciária digna.
            Mariana tem uma arrecadação milionária e, segundo a Wikipedia  da internet, é a cidade do interior de Minas que mais crescerá nos próximos 20 anos. Nós precisamos ver uma boa destinação dessa verba. O atual prefeito, Celso Cota, há que se condoer e agir de forma rápida nesse sentido. Ele que possui na criação da eficaz Guarda Municipal  gratificante retorno para a sociedade e para si mesmo, certamente saberá acolher os velhos e sábios conselhos do Dr. José Campomizzi Filho na implementação de uma penitenciária exemplar para nossa cidade, devolvendo dignidade e verdadeira chance de recuperação aos presidiários.

sexta-feira, 5 de abril de 2013




LEIA ISTO. QUE VERGONHA...




É lamentavel , mas infelizmente é verdade...  São Leopoldo tem um dos menores índices de analfabetismo e de mendicância do país, talvez por causa de homens como este:  EMPRESÁRIO DE SÃO LEOPOLDO, CIDADE DO RIO GRANDE DO SUL Silvino Geremia . Eis o seu desabafo, publicado na revista EXAME: 

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"Acabo de descobrir mais um desses absurdos que só servem para atrasar a vida das pessoas que tocam e fazem este país: investir em Educação é contra a lei .
Vocês não acreditam?
Minha empresa, a Geremia, tem 25 anos e fabrica equipamentos para extração de petróleo, um ramo que exige tecnologia de ponta e muita pesquisa.
Disputamos cada pedacinho do mercado com países fortes, como os Estados Unidos e o Canadá.
Só dá para ser competitivo se eu tiver pessoas qualificadas trabalhando comigo.
Com essa preocupação criei, em 1988, um programa que custeia a educação em todos os níveis para qualquer funcionário, seja ele um varredor ou um técnico.
Este ano, um fiscal do INSS visitou a nossa empresa e entendeu que Educação é Salário Indireto.
Exigiu o recolhimento da contribuição social sobre os valores que pagamos aos estabelecimentos de ensino freqüentados por nossos funcionários, acrescidos de juros de mora e multa pelo não recolhimento ao INSS.
Tenho que pagar 26 mil reais à Previdência por promover a educação dos meus funcionários?
Eu honestamente acho que não.
Por isso recorri à Justiça.
Não é pelo valor em si , é porque acho essa tributação um atentado.
Estou revoltado.
Vou continuar não recolhendo um centavo ao INSS, mesmo que eu seja multado 1000 vezes.
O Estado brasileiro está completamente falido.
Mais da metade das crianças que iniciam a 1ª série não conclui o ciclo básico.
A Constituição diz que educação é direito do cidadão e um dever do Estado.
E quem é o Estado?
Somos todos nós.
Se a União não tem recursos e eu tenho, acho que devo pagar a escola dos meus funcionários.
Tudo bem, não estou cobrando nada do Estado.
Mas também não aceito que o Estado me penalize por fazer o que ele não faz.
Se essa moda pega, empresas que proporcionam cada vez mais benefícios vão recuar..
Não temos mais tempo a perder.
As leis retrógradas, ultrapassadas e em total descompasso com a realidade devem ser revogadas.
A legislação e a mentalidade dos nossos homens públicos devem adequar-se aos novos tempos.
Por favor, deixem quem está fazendo alguma coisa trabalhar em paz.
E vão cobrar de quem desvia dinheiro, de quem sonega impostos, de quem rouba a Previdência, de quem contrata mão-de-obra fria, sem registro algum.
Eu Sou filho de família pobre, de pequenos agricultores, e não tive muito estudo.
Somente consegui completar o 1º grau aos 22 anos e, com dinheiro ganho no meu primeiro emprego, numa indústria de Bento Gonçalves, na serra gaúcha, paguei uma escola técnica de eletromecânica.
Cheguei a fazer vestibular e entrar na faculdade, mas nunca terminei o curso de Engenharia Mecânica por falta de tempo.
Eu precisava fazer minha empresa crescer.
Até hoje me emociono quando vejo alguém se formar.
Quis fazer com meus empregados o que gostaria que tivessem feito comigo.
A cada ano cresce o valor que invisto em educação porque muitos funcionários já estão chegando à Universidade.
O fiscal do INSS acredita que estou sujeito a ações judiciais.
Segundo ele, algum empregado que não receba os valores para educação poderá reclamar uma equiparação salarial com o colega que recebe..
Nunca, desde que existe o programa, um funcionário meu entrou na Justiça.
Todos sabem que estudar é uma opção daqueles que têm vontade de crescer...
E quem tem esse sonho pode realizá-lo porque a empresa oferece essa oportunidade.
O empregado pode estudar o que quiser, mesmo que seja Filosofia, que não teria qualquer aproveitamento prático na nossa Empresa Geremia.
No mínimo, ele trabalhará mais feliz.
Meu sonho de consumo sempre foi uma Mercedes-Benz.
Adiei sua realização várias vezes porque, como cidadão consciente do meu dever social, quis usar meu dinheiro para fazer alguma coisa pelos meus 280 empregados.
Com os valores que gastei no ano passado na educação deles, eu poderia ter comprado Duas Mercedes.
Teria mandado dinheiro para fora do País e não estaria me incomodando com essas leis absurdas .
Mas infelizmente não consigo fazer isso.
Eu sou um teimoso.
No momento em que o modelo de Estado que faz tudo está sendo questionado, cabe uma outra pergunta.
Quem vai fazer no seu lugar?
Até agora, tem sido a iniciativa privada.
Não conheço, felizmente, muitas empresas que tenham recebido o mesmo tratamento que a Geremia recebeu da Previdência por fazer o que é dever do Estado.
As que foram punidas preferiram se calar e, simplesmente, abandonar seus programas educacionais.
Com esse alerta temo desestimular os que ainda não pagam os estudos de seus funcionários.
Não é o meu objetivo.
Eu, pelo menos, continuarei ousando ser empresário, a despeito de eventuais crises, e não vou parar de investir no meu patrimônio mais precioso:
as pessoas.
Eu sou mesmo teimoso!...
Não tem jeito...
"No futebol, o Brasil ficou entre os 8 melhores do mundo e todos estão tristes.
Na educação é o 85º e ninguém reclama..."
EU APOIO ESTA TROCA

TROQUE 01 PARLAMENTAR POR 344 PROFESSORES

O salário de 344 professores que ensinam = ao de 1 parlamentar que rouba

Essa é uma campanha que vale a pena! 

quarta-feira, 3 de abril de 2013

 
 
ISSO QUE É UM LAUDO PERICIAL... PRECISO E EFICAZ!
Em SAPUPEMAÇU, cidade no interior do Piauí, o delegado registrava a queixa de uma moça que se dizia deflorada pelo namorado.
Na ausência de médico na cidade, pediu um laudo, por escrito, a uma parteira afamada da região para anexar ao processo.

Eis o laudo proferido pela profissional:

"Eu , MARINIVALDA DAS DORES, parteira oficial do destrito de SAPUPEMAÇU, declaro para o bem do meu ofício que, examinando os baixos fudetórios de Maria das Mercedis, constatei manchas arrôxicadas na altura da críca, e tambem falta de couro de inocência na bastiana da xana, que pela minha experiência foi capada fora por supapo de rola ou solavanco de pica .

É verdade e dou fé."