quinta-feira, 30 de outubro de 2014

http://sustentabilidade.estadao.com.br/noticias/geral,evitar-colapso-climatico-exige-recuperacao-da-floresta-amazonica,15O material jornalístico produzido pelo Estadão é protegido por lei. Para compartilhar este conteúdo, utilize o link:http://sustentabilidade.estadao.com.br/noticias/geral,evitar-colapso-climatico-exige-recuperacao-da-floresta-amazonica,158573085730
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quarta-feira, 29 de outubro de 2014

"Precisa-se de Matéria Prima para construir um País" - João Ubaldo Ribeiro

A crença geral anterior era que Collor não servia, bem como Itamar e Fernando Henrique. Agora alguns dizem que Lula não serviu e que Dilma não serve. E o que vier depois de Lula e Dilma também não servirá para nada... Por isso estou começando a suspeitar que o problema não está no ladrão corrupto que foi Collor, ou na farsa que foi o Lula. O problema está em nós.

Nós como POVO. Nós como matéria prima de um país. Porque pertenço a um país onde a "ESPERTEZA“é a moeda que sempre é valorizada, tanto ou mais do que o dólar. Um país onde ficar rico da noite para o dia é uma virtude mais apreciada do que formar uma família, baseada em valores e respeito aos demais.

Pertenço a um país onde, lamentavelmente, os jornais jamais poderão ser vendidos como em outros países, isto é, pondo umas caixas nas calçadas onde se paga por um só jornal E SE TIRA UM SÓ JORNAL, DEIXANDO OS DEMAIS ONDE ESTÃO.

Pertenço ao país onde as "EMPRESAS PRIVADAS" são papelarias particulares de seus empregados desonestos, que levam para casa, como se não fosse roubo, folhas de papel, lápis, canetas, clipes e tudo o que possa ser útil para o trabalho dos filhos e para eles mesmos.

Pertenço a um país onde a gente se sente o máximo porque conseguiu "puxar" a tevê a cabo do vizinho, onde a gente frauda a declaração de imposto de renda para não pagar ou pagar menos impostos.

Pertenço a um país onde a falta de pontualidade é um hábito. Onde os diretores das empresas não valorizam o capital humano. Onde há pouco interesse pela ecologia, onde as pessoas atiram lixo nas ruas e depois reclamam do governo por não limpar os esgotos. O povo saqueia cargas de veículos acidentados nas estradas, dirige após consumir bebida alcoólica, pega atestado médico sem estar doente, só para faltar ao trabalho, quando viaja a serviço pela empresa, se o almoço custou 10, pede nota fiscal de 20. Comercializa objetos doados nessas campanhas de catástrofes, compra produtos pirata com a plena consciência de que são pirata. Quando encontra algum objeto perdido, na maioria das vezes não devolve, se falsifica tudo, tudo mesmo... só não falsifica aquilo que ainda não foi inventado. E quer que os políticos sejam honestos.

O Brasileiro reclama de quê, afinal ? Aqui nossos congressistas trabalham dois dias por semana para aprovar projetos e leis que só servem para afundar o que não tem, encher o saco do que tem pouco e beneficiar só a alguns.

Pertenço a um país onde as carteiras de motorista e os certificados médicos podem ser "comprados", sem fazer nenhum exame. Um país onde uma pessoa de idade avançada, ou uma mulher com uma criança nos braços, ou um inválido, fica em pé no ônibus, enquanto a pessoa que está sentada finge que dorme para não dar o lugar. Um país no qual a prioridade de passagem é para o carro e não para o pedestre. Um país onde fazemos um monte de coisa errada, mas nos esbaldamos em criticar nossos governantes.

Como "Matéria Prima" de um país, temos muitas coisas boas, mas nos falta muito para sermos os homens e mulheres de que nosso País precisa. Esses defeitos, essa "ESPERTEZA BRASILEIRA" congênita, essa desonestidade em pequena escala, que depois cresce e evolui até converter-se em casos de escândalo, essa falta de qualidade humana, mais do que Collor, Itamar, Fernando Henrique ou Lula, é que é real e honestamente ruim, porque todos eles são brasileiros como nós, ELEITOS POR NÓS. Nascidos aqui, não em outra parte...

Entristeço-me. Porque, ainda que Dilma renunciasse hoje mesmo, o próximo presidente que a suceder terá que continuar trabalhando com a mesma matéria prima defeituosa que, como povo, somos nós mesmos. E não poderá fazer nada... Não tenho nenhuma garantia de que alguém o possa fazer melhor. Mas enquanto alguém não sinalizar um caminho destinado a erradicar primeiro os vícios que temos como povo, ninguém servirá.

Nem serviu Collor, nem serviu Itamar, não serviu Fernando Henrique, Lula e nem a Dilma, nem servirá o que vier. Qual é a alternativa? Precisamos de mais um ditador, para que nos faça cumprir a lei com a força e por meio do terror?

Aqui faz falta outra coisa. E enquanto essa "outra coisa" não comece a surgir de baixo para cima, ou de cima para baixo, ou do centro para os lados, ou como queiram, seguiremos igualmente condenados, igualmente estancados... Igualmente sacaneados! É muito gostoso ser brasileiro. Mas quando essa brasilinidade autóctone começa a ser um empecilho às nossas possibilidades de desenvolvimento como Nação, aí a coisa muda...

Não esperemos acender uma vela a todos os Santos, a ver se nos mandam um Messias. Nós temos que mudar! Um novo governante com os mesmos brasileiros não poderá fazer nada.. Está muito claro... Somos nós os que temos que mudar. Agora, depois desta mensagem, francamente decidi procurar o responsável, não para castigá-lo, senão para exigir-lhe (sim, exigir-lhe) que melhore seu comportamento e que não se faça de surdo, de desentendido. Sim, decidi procurar o responsável e ESTOU SEGURO QUE O ENCONTRAREI QUANDO ME OLHAR NO ESPELHO.

quarta-feira, 22 de outubro de 2014



Pouco Investimento e Seca Histórica explicam Falta D'agua em S.Paulo!

http://zh.clicrbs.com.br/rs/noticias/noticia/2014/10/pouco-investimento-e-seca-historica-explicam-falta-d-agua-em-sao-paulo-4625762.html

terça-feira, 21 de outubro de 2014

Dr Victor Sorrentino...Sobre o Mito do Leite

http://www.drvictorsorrentino.com.br/a-verdade-sobre-o-mito-do-leite/

sexta-feira, 10 de outubro de 2014



Edição do dia 21/09/2014
21/09/2014 22h47 - Atualizado em 22/09/2014 06h13

Vacina pode curar a mais devastadora epidemia de ebola da história

Processo de produção é lento. Para chegar até as milhares de doses necessárias, será preciso esperar até dezembro.

Uma epidemia mortal e fora de controle que a Organização Mundial de Saúde considera uma ameaça mundial. O ebola já atinge cinco países da África: Guiné, Libéria, Serra Leoa, Nigéria e Senegal. O número de mortos, que chegou à marca de 2,5 mil, não para de crescer.
Mas, finalmente, a ciência parece ter chegado a uma cura para a pior epidemia de ebola da História.
Uma doença altamente contagiosa e mortal. Sintomas terríveis. Febre, dores e vômitos. O ebola já matou mais de 2,5 mil pessoas e, até agora, não tem cura.
O avanço descontrolado da doença na África provocou uma crise internacional. Esta semana, os Estados Unidos anunciaram o envio de três mil militares para tentar ajudar na contenção dos principais focos.
Até agora, médicos e cientistas estão perdendo a batalha. Essa é a pior epidemia de ebola de todos os tempos.
Há nove meses, o vírus se espalha por Guiné, Libéria, Serra Leoa, Nigéria e Senegal. Sete em cada dez doentes morrem. Agora, surgiu um remédio que pode virar esse jogo.
A atual epidemia começou em dezembro, em uma vila remota da Guiné. Um menino morreu com febre alta, diarreia, vômitos e hemorragia interna. Ninguém sabe o nome dele. Ele passou a ser o "paciente zero", a origem do surto.
Nos dias seguintes, toda a família do garoto morreu. Depois, as enfermeiras que cuidaram deles. Em seguida, todas as pessoas no vilarejo que entraram em contato com as vítimas.
O vírus do ebola vive em morcegos que se alimentam de frutas nas florestas africanas. Eles não desenvolvem a doença, mas as pessoas se contaminam ao comer esses morcegos. Um costume entre esses povos.
Durante 14 semanas, a epidemia se espalhou sem ser detectada. Quando se descobriu que o ebola estava se alastrando dessa forma, já era tarde demais.
“Durante todo esse tempo todo, as pessoas não sabiam como se proteger”, afirma Inger Damon, gerente do Centro para o Controle e Prevenção de Doenças, em Atlanta, nos Estados Unidos.
Os poucos postos de atendimento na Guiné são administrados pela ONG Médicos Sem Fronteira.
“A gente só vê medo e desespero nos olhos das pessoas”, conta a médica Cokie Van Der Veld, do Médicos Sem Fronteira.
O ebola é transmitido pelo contato com as secreções do corpo. Lágrimas, saliva, sêmen e, mesmo o suor, transmitem o vírus. Um problema a mais em países onde a higiene é precária.
O vírus entra na corrente sanguínea e penetra nas células do corpo, onde o ebola se reproduz e se multiplica. Os tecidos internos morrem provocando hemorragias.
“Os doentes sangram pelas gengivas, pelas narinas, têm diarreia e vômitos terríveis”, revela Cokie Van Der Veld.
A maioria dos doentes morre em 12 dias, mas os corpos têm tantos vírus que ainda são altamente contagiosos. Prepará-los para o enterro é uma atividade de alto risco.
“É como apagar uma pessoa. Tudo é esterilizado e tudo que entrou em contato com ela é queimado ou lavado com desinfetante. Os parentes só podem ver o morto através de uma cerca”, afirma a médica do Médicos Sem Fronteira.
As epidemias anteriores de ebola não ultrapassaram regiões remotas da África, mas essa chegou a capitais e pode alcançar qualquer lugar do Planeta, se um portador do vírus embarcar em um avião. O ebola pode ficar incubado por mais de 20 dias antes dos primeiros sintomas.
Por isso, começou uma corrida contra o tempo para encontrar a cura. O primeiro passo foi entender por que algumas pessoas sobrevivem ao vírus. Nessa epidemia, três em cada dez infectados vencem o ebola.
O corpo humano consegue produzir anticorpos que matam o vírus. Mas como o ebola se reproduz com uma velocidade enorme, devastadora, a vítima acaba morrendo antes que o organismo tenha tempo de eliminar o intruso.
A chave estava na forma como o ebola entra nas células humanas. O vírus tem pequenas ‘garras’ de proteína que o prendem na membrana das células. Elas não entendem que ele é um agressor e o deixam entrar. Lá dentro, ele se multiplica.
Sabendo disso, foi projetado um remédio revolucionário chamado ZMapp, uma vacina que ajuda os doentes a produzirem os anticorpos que impedem que o vírus se ‘agarre’ às células.
Impedidos de entrar, os vírus são atacados pelo sistema imunológico e destruídos. O problema: só três doses do remédio, ainda experimental, existiam no mundo inteiro.
O enfermeiro inglês, Will Pooley, voluntário na Libéria, acordou uma manhã com febre alta. Ele fez o teste para ebola e deu positivo.
“A primeira coisa que me passou pela cabeça foi: ‘Como vou contar para os meus pais?’. Sabendo o que essa doença provoca, é assustador”, diz o enfermeiro Will Pooley.
Will foi uma das primeiras três cobaias a usar o novo medicamento, junto com o médico norte-americano Kent Brantly e a missionária Nancy Writebol. Foi uma operação de risco.
O ZMapp nunca tinha sido testado em humanos. Seu efeito podia ser um fracasso.
“Eles precisaram tomar a decisão se iam ou não injetar o ZMapp, era uma coisa que ninguém sabia muito a respeito”, afirma o chefe do laboratório canandense para patógenos especiais, Gary Kobinger.
Horas depois de usar o medicamento, a temperatura deles baixou. O vírus estava sendo eliminado do organismo. Em poucos dias, os três estavam recuperados.
“Com o ZMapp, nós ganhamos tempo para que o organismo do paciente produza as suas próprias defesas”, diz Gary Kobinger.
Agora o desafio é produzir rapidamente o ZMapp e distribuí-lo para as comunidades africanas afetadas. Parece uma fazenda de tabaco, de alta tecnologia, mas é lá que se produz a vacina do ebola.
Um pedaço extra de DNA é injetado nas folhas. Esse código genético diz para as plantas produzirem os anticorpos que atacam os vírus do ebola.
O processo de produção é lento. Os cientistas só conseguem produzir alguns gramas de vacina. Para chegar até as milhares de doses necessárias, vamos ter que esperar até dezembro.
Longe dos laboratórios, na África Ocidental, o número de vítimas continua subindo, mas, finalmente, uma arma para conter a mais devastadora das epidemias de ebola está a caminho.

terça-feira, 7 de outubro de 2014


Assunto: DECRETO 8243 - texto de Diogo Mainardi
Para:

Aécio, meu velho, vou votar em você. Não que eu queira, verdadeiramente. Mas sobrou você como a nossa, talvez, última barreira sanitária contra esse vírus ébola que é o petismo. Cada vez que vejo nas entrevistas o teu rosto sorridente, penso: como ele pode se mostrar tão feliz? Você parece que está vivendo permanentemente dentro de um comercial de tv - enquanto nós ficamos de fora, nos sentindo tão inseguros, tão sem saída. Deve ser uma estratégia de campanha você contrastar tua figura "presidenciável" com o daquela senhora odiável e desprezível que parece sempre estar tão mentalmente desorganizada, tão alienada do mundo. Mas ela tem a caneta na mão e assina papéis que compram Pasadena, que importa médicos fajutos, que prefere investir em Cuba, Venezuela ao invés de nosso tão desesperadamente carente Brasil. E que sorrateiramente sancionou esse maldito Decreto 8243 que vai criar os Sovietes, que significa a liquidação do nosso (ainda) regime democrático. Vou votar em você Aécio. Pode ser que você esteja mineiramente quieto e se fingindo de morto enquanto vai costurando acordos políticos que, no fim, vão virar o veneno que fará o PT entrar em coma e morrer. Pode ser. Mas reconheça que muitos do que votarão em você o farão principalmente para se opor ao PT. Esquecendo, por um momento, dos votos dos "bolsas", somos nós que faremos a diferença. E nós queremos botar fé que você seja o cavaleiro de armadura reluzente, que com a sua espada Durindana vai estraçalhar as hostes inimigas. Nós queremos que você seja o nosso Campeão. Sei que não é novidade o que estou aqui dizendo, e que é inocente quem põe sua vida na mão dos outros, confiando inteiramente no Líder sob o qual faremos a guerra. Mas que outra possibilidade temos, além de você? Aécio, fala! são tantos os temas que estão sendo discutidos por tantos, inclusive aqui no Face. Mas você não fala e nós ficamos conjecturando o que te faz tão convencional, tão discreto. Você é neto do Tancredo, que era cheio de manhas, espertezas, tão bom jogador de poker que foi. Talvez seja assim mesmo que se deve jogar numa eleição como esta, você deve saber - temos que confiar em teu critério. Mas estamos ressabiados. Queremos colocar pólvora e bolas de aço em nossas espingardas, sair das trincheiras e correr contra o inimigo que nos amedronta, e que nos empurra para a defensiva. Precisamos de tua voz e entusiasmo, Aécio. O tempo está correndo contra nós. Desculpe falar tanto em nós, nós. Seria mais apropriado dizer que, talvez, esta opinião seja só minha.
Diogo Mainardi

Basta de PT
Teremos o mais violento segundo turno de uma eleição presidencial. O que Marina sofreu, Aécio sofrerá em dobro.
07/10/2014 - 16h16
Marco Antonio Villa, O Globo
Estamos vivendo um momento histórico. A eleição presidencial de 2014 decidirá a sorte do Brasil por 12 anos. Como é sabido, o projeto petista é se perpetuar no poder. Segundo imaginam os marginais do poder — feliz expressão cunhada pelo ministro Celso de Mello quando do julgamento do mensalão —, a vitória de Dilma Rousseff abrirá caminho para que Lula volte em 2018 e, claro, com a perspectiva de permanecer por mais 8 anos no poder.
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Dom Sebastião, O Desejado  (Foto: Pintura atribuída a Cristóvão de Morais)
Dom Sebastião, O Desejado (Imagem: Pintura atribuída a Cristóvão de Morais)


Em um eventual segundo governo Dilma, o presidente de fato será Lula. Esperto como é, o nosso Pedro Malasartes da política vai preparar o terreno para voltar, como um Dom Sebastião do século XXI, mesmo que parecendo mais um personagem de samba-enredo ao estilo daquele imortalizado por Sérgio Porto.
Diferentemente de 2006 e 2010, o PT está fragilizado. Dilma é a candidata que segue para tentar a reeleição com a menor votação obtida no primeiro turno desde a eleição de 1994.
Seu criador foi derrotado fragorosamente em São Paulo, principal colégio eleitoral do país. Imaginou que elegeria mais um poste. Não só o eleitorado disse não, como não reelegeu o performático e inepto senador Eduardo Suplicy, e a bancada petista na Assembleia Legislativa perdeu oito deputados e seis na Câmara dos Deputados.
A resistência e a recuperação de Aécio Neves foram épicas. Em certo momento da campanha, parecia que o jogo eleitoral estava decidido. Marina Silva tinha disparado e venceria — segundo as malfadadas pesquisas. Ele manteve a calma até quando um dos seus coordenadores de campanha estava querendo saltar para o barco da ex-senadora.
E, neste instante, a ação das lideranças paulistas do PSDB foi decisiva. Geraldo Alckmin poderia ter lavado as mãos e fritado Aécio. Mas não o fez, assim como José Serra, o senador mais votado do país com 11 milhões de votos.
Foi em São Paulo que começou a reação democrática que o levou ao segundo turno com uma vitória consagradora no estado onde nasceu o PT.
Esta campanha eleitoral tem desafiado os analistas. As interpretações tradicionais foram desmoralizadas. A determinação econômica — tal qual como no marxismo — acabou não se sustentando. É recorrente a referência à campanha americana de 1992 de Bill Clinton e a expressão “é a economia, estúpido”.
Com a economia crescendo próximo a zero, como explicar que Dilma liderou a votação no primeiro turno? Se as alianças regionais são indispensáveis, como explicar a votação de Marina?
E o tal efeito bumerangue quando um candidato ataca o outro e acaba caindo nas intenções de voto? Como explicar que Dilma caluniou Marina durante três semanas, destruiu a adversária e obteve um crescimento nas pesquisas?
Se Lula é o réu oculto do mensalão, o que dizer do doleiro petista Alberto Youssef? Imagine o leitor quando o depoimento — já aceito pela Justiça Federal — for divulgado ou vazar? De acordo com o ministro Teori Zavascki, o envolvimento de altas figuras da República faz com que o processo tenha de ir para o STF.
E, basta lembrar, segundo o doleiro, que só ele lavou R$ 1 bilhão de corrupção da Refinaria Abreu e Lima. Basta supor o que foi desviado da Petrobras, de outras empresas e bancos estatais e dos ministérios para entender o significado dos 12 anos de petismo no poder. É o maior saque de recursos públicos da História do Brasil.
Nesta conjuntura, Aécio tem de estar preparado para um enorme bombardeio de calúnias que irá receber. Marina Silva aprendeu na prática o que é o PT. Em uma quinzena foi alvo de um volume nunca visto de mentiras numa campanha presidencial que acabou destruindo a sua candidatura.
Não soube responder porque, apesar de ter saído do PT, o PT ainda não tinha saído dela. Ingenuamente, imaginou que tudo aquilo poderia ser resolvido biblicamente, simplesmente virando a face para outra agressão. Constatou que o PT tem como princípio destruir reputações. E ela foi mais uma vítima desta terrível máquina.
O arsenal petista de dossiês contra Aécio já está pronto. Os aloprados não têm princípios, simplesmente cumprem ordens. Sabem que não sobrevivem longe da máquina de Estado.
Contarão com o apoio entusiástico de artistas, intelectuais e jornalistas. Todos eles fracassados e que imputam sua insignificância a uma conspiração das elites. E são milhares espalhados por todo o Brasil.
Teremos o mais violento segundo turno de uma eleição presidencial. O que Marina sofreu, Aécio sofrerá em dobro. Basta sinalizar que ameaça o projeto criminoso de poder do petismo. O senador tucano vai encontrar pelo caminho várias armadilhas. A maior delas é no campo econômico.
O governo do PT gestou uma grave crise. Dilma foi a terceira pior presidente da história do Brasil republicano em termos de crescimento econômico. Só perdeu para Floriano Peixoto — que teve no seu triênio presidencial duas guerras civis — e Fernando Collor — que recebeu a verdadeira herança maldita: uma inflação anual de quatro dígitos.
O PT deve imputar a Aécio uma agenda econômica impopular que enfrente radicalmente as mazelas criadas pelo petismo. Daí a necessidade imperiosa de o candidato oposicionista deixar claro — muito claro — que quem fala sobre como será o seu governo é ele — somente ele.
Aécio Neves tem todas as condições para vencer a eleição mais difícil da nossa história. Se Tancredo Neves foi o instrumento para que o Brasil se livrasse de 21 anos de arbítrio, o neto poderá ser aquele que livrará o país do projeto criminoso de poder representado pelo PT. E poderemos, finalmente, virar esta triste página da nossa história.
Marco Antonio Villa é historiador

segunda-feira, 6 de outubro de 2014

Stephen Hawking afirma: "não há nenhum Deus" e “milagres não são compatíveis com a ciência”

HISTORY1 de Outubro de 2014 | 11h15
Assertivo, como de costume, o famoso físico Stephen Hawking defendeu as leis da ciência frente à teoria criacionista, de que os seres humanos são “senhores da criação”, ressaltando que somos “produto das flutuações quânticas do Universo”. As declarações foram feitas em uma conferência dada pelo cientista britânico durante a segunda jornada do Festival Starmus, em Tenerife, na Espanha, quando subiu ao palco do centro de congressos Magma, ovacionado por mais de 600 pessoas que foram ao local para escutá-lo.
Ao dar sua opinião sobre as teorias que, historicamente, explicam a origem da existência, Hawking disse que aquelas que afirmam que o universo “já existia” foram inventadas para evitar “perguntas incômodas” sobre a criação, destacando o fato de que a relatividade clássica nunca poderia descobrir como o universo foi gerado, o que deixava a igreja contente. Ele lembrou também que o Vaticano afirmava que “não havia o que indagar” sobre o início do universo e criticou os cosmólogos modernos que adotam uma abordagem “vaga” para explicar suas origens.
“Antes de entendermos a ciência, o lógico era acreditar que Deus criou o Universo, mas, agora, a ciência oferece uma explicação mais convincente (...) Não há nenhum Deus. Sou ateu. A religião crê em milagres, mas esses não são compatíveis com a ciência”. A respeito disso, o cientista também se manifestou, confiante de que o homem, cedo ou tarde, vai entender a origem e a estrutura do universo: “Na verdade, agora mesmo, já estamos próximos de alcançar esse objetivo. Na minha opinião, não há nenhum aspecto da realidade fora do alcance da mente humana”.




A FORÇA DA SIMPLICIDADE

Um movimento revolucionário fermenta na vida de milhares de pessoas em vários países. Ele é discreto, pacifista, construtivo, agregador e vem para ser um dos principais motores de implementação do desenvolvimento sustentável.
Vem para reformar profundamente as formas de viver, conviver, produzir, consumir, de se relacionar com os limites da natureza, com as outras espécies de seres vivos. Vem para revolucionar o capitalismo e o socialismo. Seu nome é simplicidade voluntária.
Suas raízes mais longínquas podem ser procuradas nas conversas de Jesus Cristo ou Buda com seus seguidores há mais de 2.000 anos no Oriente Médio ou subcontinente indiano. A força de sua atração transformadora mudou os impérios da Antiguidade.
Mais recentemente, quando do ano 1000 da era cristã, são Francisco de Assis lançou novamente, numa vertente ultrarradical, um movimento para reformar o império religioso, opulento e obeso que se dizia herdeiro de Cristo em Roma.
Lutero na Alemanha, os Quaker na Inglaterra e Inácio de Loyola do lado da Contrarreforma de certa forma retomaram a crítica esquecida pelos poderosos da época. Os papas João 23 e Francisco vêm dessa linhagem. Mas foi com Gandhi na Índia que podemos dizer que a simplicidade voluntária atingiu sua formulação mundana e atual.
Ela é uma espécie de síntese de todas as reformas e mudanças culturais que ele propunha como alternativa de liberdade e de vida equilibrada para o grande país asiático, que ao se libertar do domínio inglês marcou o fim do maior império colonial da história.
A fórmula de Gandhi tem cada vez mais trânsito em diferentes culturas. Para nós, do Ocidente, a facilidade de entendê-la e senti-la vem da influência que ideias de Jesus, Tolstoy e Henry Thoreau tiveram sobre a formação do pensamento gandhiano.
A simplicidade voluntária não é opção pela pobreza. É opção pelo essencial, pelo que é necessário para nossa vida e para a vida da comunidade. Não é uma visão totalitária, pois o essencial e o necessário são sempre diferentes em cada um de nós, mas é uma crítica tenaz, permanente, contra o consumismo moderno, contra a opressão da extrema riqueza e da extrema pobreza que permitem que exista um país como os Estados Unidos da América ao mesmo tempo em que existe uma Etiópia. E que permite que existam, em cada país, diferenças tão grandes quanto essas de Los Angeles e Adis Abeba.
Ela também não é uma utopia regressiva, hostil à inovação e ao desenvolvimento científico e tecnológico. Apenas pretende dar um sentido ético a esse desenvolvimento.
As propostas da ONU chamadas de desenvolvimento sustentável e cultura de paz têm na simplicidade voluntária a sua mais acabada fusão. Elas querem redimensionar todas as políticas públicas atuais, da educação à mobilidade, da segurança pública à política habitacional, da política energética à agricultura.
O Partido Verde do Brasil, neste ano tão importante de escolhas sociais e políticas, deseja ter a oportunidade de conversar com os brasileiros sobre isso. O país, pela diversidade de seu povo e por sua natureza abençoada, pode e deve ser uma liderança nesse novo internacionalismo que reconhece na Terra uma pátria comum da humanidade e de todos os outros seres vivos que dividem conosco o planeta azul.
Eduardo Jorge